terça-feira, 31 de agosto de 2010

The beginning: Negão de Topete

- Ele está demorando.
- Gastei oitenta centavos pelo ingresso para ver um atrasado!

* ROOOOOOCK ' N ROLLLLLLLLL *

De repente, escuta-se o som do além do ROCK! Ele havia chegado; com um pequeno atraso, mas havia chegado. Seus óculos escuros, sua barba juvenil, sua jaqueta de couro imponente, sua calça heavy-metal, suas botas de um autêntico motoqueiro, o som vindo não se sabe d'onde de Motörhead e sua lambreta branca: o Negão de Topete.

Subiu ao palco e pediu o silêncio de seu público.

- Rosas são vermelhas
  Violetas são azuis


- BOIOLA!!!!!
- FRESCOOO!!!!

Não deu outra: A plateia o vaiou horrivelmente por fazer algo tão medonho como declamar poemas. Não só as vaias, também jogavam projeteis que machucariam bastante se acertassem. Era, pois, um mundo difícil de se viver.

- Ora seus animais ignorantes! - O Negão do Topete não aceitou o desaforo e a ameaça à vida e retribuiu com sua 12. Alguns foram atingidos - mas não mortos; ele usava sacos de Feijão como munição -, ouviu-se silêncio, silêncio, um pouco mais de silêncio, um ou outro pigarreio e


- FILHA DA PU**, FILHA DA PU**!!!!!

A multidão furiosa partiu para cima de' o Negão de Topete, que fugiu com sua Lambreta. Infelizmente, a turba de rebeldes o perseguiu; era, pois, um mundo difícil de se viver.

- TUDO O QUE EU QUERIA ERA GANHAR MINHA HONESTA VIDA EM PAZ!! - Desabafou em meio a correria.
- Posso conseguir isso. - De uma grande luz vinda de cima, veio a Rainha. E com ela, veio também uma luz tão forte que fez os perseguidores pararem atônitos: o sinal vermelho.
- Quem é você? Tão bela quanto um vidro fumê?
- Sou a Rainha, e posso levá-lo para um lugar onde suas habilidades lhe recompensarão!

E em busca de um mundo não tão difícil de se viver, partiu o Negão de Topete junto à Rainha...

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